Loteriartempo
Equipe Bruscky e Santiago

01708 - 1975 - Tecnica Mista
38 x 33 cm
Arte CorreioEquipe Bruscky e SantiagoArte colaborativa mosExposição coletiva de ArtePaulo Bruscky J. Medeiros Daniel SantiagoLoteriartempo 1975 Offset e caneta sobre papel38 x 33 cm#equipebrusckysantiago#artecolaborativa #paulobruscky #danielsantiago#artecorreio #mailart #falvessilva #fluxus#jmedeiros #pauloleminski #moacycirne#poemaprocesso #unhandeijaralisboa #wdp#wlademirdiaspino "A poesia concreta trazia experimentos com a palavra e com seu espaço.Apesar dessa inovação, ela se encerrava na palavra.Nós buscávamos algo novo, e, em 1967, começamos a divulgar uma nova teoria, muito baseada na obra de Wlademir Dias-Pino. Ele fazia poema/processo. Como trocávamos correspondências com Moacy [Cirne], que nesta época morava no Rio, o contato foi tornando real um movimento que chamamos poema/ processo.""É importante frisar que o movimento foi uma luta contra a palavra. A linguagem havia evoluído muito desde a poesia concreta. Começamos a estudar e a perceber que em países como Itália e no Chile já havia uma poesia chamada visual. Eles consideravam figuras, perfurações, transparências e mesmo o ato de um protesto, como sendo um poema. Nós nos inspiramos nisso: O poema/processo nasceu com a proposição de não ser fechado em si e por isso mesmo. Era o fim do copyright (direitos autorais). Se uma pessoa pega o meu poema e faz uma versão, ambos estamos trabalhando numa idéia, seja uma proposta de arte, política ou tecnológica.""Processo é uma coisa em construção. Se a poesia tradicional acha que um poema está concluído, possui um autor, que não aceita que ninguém o altere, o poema/processo, por sua vez, tem a tese do poema em processo. Só tem valor quando seu processo é trabalhado por diversos autores, com novas versões, partindo do gráfico para o objetual, para o cinematográfico, até esgotar toda aquela proposta inicial do poema. Eu, Dailor e Marcos Silva sugerimos que o movimento fosse chamado de"programações/processo",", mas a sugestão não foiaceita pelos do sul e não pegou nacionalmente.Achávamos que, para radicalizar totalmente contra a literatura, nossas produções não deveriam ser chamadas de poemas."